Por Marcelo
Lopes
Cinema
é, antes de tudo, uma linguagem. O suporte é industrial, o conceito é
artístico, mas, em última instância, o que melhor define esse universo mágico
de narrativas é o entendimento de que se trata, de fato, de uma linguagem.
Hitchcock dirigindo Psicose (1960) |
Assim,
para contar aquilo que imagina, com temas reais ou de puro delírio, o ser
humano encontrou no cinema um mundo de realizações. Tornou-o um porta-voz sem
igual, o apresentador e o apresentado, o mestre de cerimônias e a cerimônia em
si, o narrador e a narrativa, forjado, desde o princípio, para falar ao
imaginário de milhares de pessoas. Inúmeros foram os mestres desta linguagem:
Griffith, Eisenstein, Buñuel, Chaplin, Welles, Kurosawa. Todos, a seu tempo e em
contextos próprios, fizeram da arte de contar histórias pela imagem e pelo som,
um exercício da fantasia submetido à técnica. Um dos mais emblemáticos, entre estes
gênios do cinema, foi o inglês Alfred Hitchcock.
Comumente
conhecido como o mestre do suspense, Hitchcock foi muito além do simples rótulo
que se colou a seu nome: para além dos sustos que pregava, foi responsável pela
criação de uma forma didática de contar as histórias que criou, estabelecendo
métodos, formatos, técnicas, com a única – e primordial – finalidade de
conduzir o público às emoções que determinava, como um maestro regendo uma
orquestra. Sua trajetória se confunde com a própria história do cinema: passou
pelos primeiros instantes em que o teatro e a sétima arte se confundiam, viveu
e acompanhou o cinema mudo, as imagens preto e branco, rendeu-se (ao seu modo)
ao som e à cor, moldou-se à linguagem híbrida e mais moderna proposta pela
televisão até, por fim, construir, com sua personalidade no mínimo inusitada,
uma obra reverenciada e que ainda hoje faz escola entre os grandes cineastas
que vieram depois dele.
Hitchcock
e sua forma única de construir história é o tema do mini-curso que estaremos ministrando,
a jornalista Luciana Oliveira e eu, no próximo dia 12 de Maio, às 14h, no
Centro de Cultura Camillo de Lima, como parte da programação do II Festival daJuventude, promovido pela Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista. “Alfred Hitchcock e a construção da narrativa cinematográfica” é a segunda parceria do
Instituto Mandacaru com a PMVC na promoção de oficinas de cinema no Festival; a
primeira, em 2012, tratou do cineasta Quentin Tarantino. Vale conferir.
O
QUE: Mini-curso Alfred Hitchcock e a construção da narrativa cinematográfica
QUANDO:
12 de Maio de 2013
ONDE:
Centro de Cultura Camillo de Lima
COMO:
(77) 3424-8594 | 3422-8215 / festivaldajuventudevc@gmail.com /
http://www.pmvc.ba.gov.br/festivaldajuventude/?page_id=466#wpcf7-f1-p466-o1
http://www.pmvc.ba.gov.br/festivaldajuventude/?page_id=466#wpcf7-f1-p466-o1
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