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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Política de Juventude, Cultura e Festival

Por Marcelo Lopes / Release do evento

A Política Nacional de Juventude tomou para si a polarização de uma série de medidas que visaram reconhecer o jovem como uma categoria social com necessidades específicas em relação às políticas públicas. Implantada no Brasil a partir de 2004, hoje alcança todos os níveis da federação.

Pensar políticas, programas e ações que mobilizem a juventude em diversas instâncias, tendo com centro de gravidade a compreensão do seu papel fundamental para um crescimento efetivo do cidadão com uma cada vez melhor e mais abrangente qualidade de vida tem sido o objetivo de muitas gestões no país.

Em Vitória da Conquista, desde 2012, a maior culminância das atividades institucionais voltadas para essa faixa etária no município tem sido o Festival da Juventude. Em seu segundo ano, o evento traz o tema “Fazer parte em toda parte”, e conta com uma programação totalmente gratuita e diversificada, trazendo debates, palestras, rodas de conversa, encontros de movimentos sociais, espaços autogestionados e apresentações culturais, atividade esportiva, além de shows com artistas locais e nacionais. Nomes como escritor e dramaturgo Ariano Suassuna, o músico Arnaldo Antunes integram momentos de reflexão sobre a cultura, enquanto artistas como Tulipa Ruiz, Otto e Jau são presenças aguardas nas noites de shows na Praça Barão do Rio Branco. Este ano ainda, o evento abriu concurso que contemplará os artistas e as bandas locais para a participação no palco principal, como uma justa homenagem ao o radialista e ativista cultural Miguel Côrtes, morto em 2012.

A configuração do projeto pretende dar conta de oferecer espaços de convivência, encontros que gravitem entre práticas culturais simbólicas e a troca de experiências, possibilitando a reflexão coletiva sobre questões relacionadas à cidadania, educação, cultura, lazer e políticas públicas sociais.

Segundo o conquistense Danilo Moreira, que ocupou os cargos de Presidente do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) entre 2008 e 2010, e Secretário-Adjunto da Secretaria Nacional de Juventude (2007/ 2010), “realizar eventos que promovam o encontro entre cultura, política e juventude é importante para afirmarmos uma nova visão de sociedade, na qual a participação juvenil é um elemento fundamental. Fico feliz com a força deste tema em minha cidade". Assim como Danilo, que construiu um percurso em movimentos de juventude discutindo temas pertinentes a este amplo universo de perspectivas, o perfil dos participantes do evento trazem também para a pauta as demandas mais variadas, da postura política à diversidade sexual, da educação à produção criativa.

O Festival da Juventude – Ano II acontecerá entre os dias 10 e 12 de Maio de 2013, nos mais variados espaços públicos da cidade (veja programação), e manterá e expectativa – confirmada ano passado – da participação de jovens de todo o país. O projeto é uma realização da Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, o apoio da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia/Uesb, da Faculdade Independente do Nordeste/Fainor e do Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima.

domingo, 5 de maio de 2013

O apoio a Maris Stella e a ordem dos loucos

Por Marcelo Lopes

Um dos textos mais geniais da nossa literatura tem por nome “O Alienista”, do célebre escritor Machado de Assis, o maior nome das letras no Brasil. No livro, a personagem central é Simão Bacamarte, um médico conceituado que passa a usar de critérios interpretativos da psiquiatria para julgar o comportamento das pessoas, enquadrando-os em várias espécies de loucura, e, nisto constatando, resolve interná-los um a um. No intuito de ser criterioso, comedido e dogmático em suas crenças técnicas, Bacamarte interna toda a cidade. Por fim, na conclusão de que, se afinal todos são loucos, e a normalidade ao qual somente ele se enquadra é a exceção, a definição do que está certo e errado fica patente: o médico liberta a todos e se enclausura no próprio hospício.

Há um hospício a espera de mais alguém na Bahia.

Alguém, que no tecnicismo das suas atitudes, segue em sentido contrário ao sentimento, à noção mais legítima do que é cultura e ao reconhecimento de uma cidade inteira ao trabalho de Maris Stella Schiavo Novaes como gestora do Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima. Fato: Maris Stella acaba de ser exonerada – pasmem – por dar ao então falecido artista plástico J. Murilo, um ícone da cultura local, sua devida homenagem, permitindo seu velório no foyer do Centro, contrariando com isso a regra fria que normatiza tais espaços na Bahia. A alegação da Secretaria é que esta foi uma atividade particular, um velório puro e simples, que nada tem a ver com a cultura. No entanto, foram, em peso, artistas, produtores, atores, músicos, cineastas, escritores e inúmeros outros admiradores, os que compuseram o público daquela noite, das 16h às 22h, quando o velório foi transferido para outro lugar (este sim, particular). Um perfil de plateia mais significativa que em muitos espetáculos propostos pela própria SecultBa. Uma manifestação daqueles que, como representantes legítimos da cultura, marcaram sua presença para homenagear outro dos seus.

Sejamos sinceros: este é um espaço da cultura, para a cultura e que tem a cultura como finalidade, ou um tributo à burocracia? De quem de fato é o Centro de Cultura? De quem manda, fazendo obedecer quem tem juízo, ou de nós – pobres mortais – que, em tese, damos sentido a toda esta instituição que nos representa? Já me sinto sendo levado à minha cela, com uma tabelinha no prontuário pendurada ao pescoço, marcando os horários dos meus remédios a serem ministrados pelos enfermeiros da SecultBa.

O problema sempre é mais embaixo do que parece. Nos fazer crer que este foi o motivo real da exoneração, é, no mínimo, nos trocar da categoria de loucos para idiotas. Melhor seria que o órgão, sob o mesmo tom democrático que apresenta em nota pública a justificativa da exoneração, mantivesse abertos os ouvidos ao que toda a cidade de Vitória da Conquista acha desta atitude, no mínimo, contraditória. Nas duas formas de nos encarar, fica evidente que o ego de alguém - assim como ocorreu com Simão de Bacamarte - ainda não foi submetido a uma autoavaliação reveladora do quão distorcida é a sua percepção (sobre a cultura). Mais ainda: a empáfia da posição de poder, que a tudo quer medicar em benefício do coletivo, esquece quem de fato é o coletivo, deixando de lado o que é importante, sem levar em conta aqueles que dão legitimidade ao direito de sentar-se na cadeira que tão burocraticamente ocupa.

Nos últimos meses da gestão do CCCJL foi explícita a mudança e os avanços na dinâmica do espaço, com a total ocupação pela comunidade dos lugares de produção, discussão, reflexão e vivência pela cultura. Aquilo que chamam de cargo de confiança – lugar segundo o qual a SecultBa alega Maris Stella não ter sido obediente - perde o total sentido quando nos perguntamos, “confiança de quem?”.

Espero de verdade que este lugar cada dia mais torto que chamamos Bahia não seja o hospício de ninguém. Mas, ao mesmo tempo, que fique claro não temos medo de agulhas.


Segue abaixo o link da Petição Pública que pede a revogação da exoneração de Maris Stella Novaes:

#FicaMarisStella – Pela Democratização dos Espaços Culturais!
http://www.avaaz.org/po/petition/FicaMarisStella_Pela_Democratizacao_dos_Espacos_Culturais/?tvneGeb


 

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Existirmos: a que será que se destina?

Por Marcelo Lopes

Às vezes fico mesmo pensando se somos protagonistas nisso tudo. Se, em algum lugar por aí, deixamos de ser razão para nos tornarmos a desculpa de alguém para alguma coisa. A lógica se inverte e o que de fato é raiz vira folha e é soprada para fora do cenário. E muitas raízes vivem voando por aí, secando ao sol, já que, sendo folhas agora, são muitas, e se repõem facilmente para serem sopradas novamente ao alheio.

É assim com a educação, onde o professor é o culpado se há greve - por condições que já passaram do parâmetro do desumano - e a preocupação maior é: “como pode tantos alunos fora das salas de aula?”, “e quem vai ficar com meus filhos se eu tenho que trabalhar?”, ou “e o vestibular?”.

Da mesma forma é com a grande mídia, inoculadora da ideia de que a programação existe da forma que existe porque é o que o povo gosta. São programas de TV idiotizantes, que quando não espirram sangue em noticiários “jornalísticos” nos adoçam a boca com corpos sarados e sacolejastes; são músicas despejadas aos borbotões, em todos os espaços possíveis, já passadas em muito do critério do gosto para se tornarem questão de saúde pública tamanho o ruído que produzem e o processo químico que desencadeiam ao inutilizar milhares de neurônios por segundo. Como gostar de algo além disto se sequer temos acesso a outra coisa?

Ainda somos obrigados a ouvir frases capciosas como a que justifica que “o povo tem os representantes que merece”, quando nosso maior mérito é nos mantermos regularmente educados para merecer os representantes que temos (sim, porque dessa educação nós usufruímos!). E entre o burocrático e o legalista – entremeio no qual nos perdemos muito fácil – há tantos discursos importantes que nunca fomos de fato consultados a avalizar.

Então, fico pensando: por existirmos na cultura, a que será que se destina estarmos aqui? A voz é realmente nossa ou ela reproduz a existência de outras coisas? Ou, se a voz é nossa, de quem são as palavras? Da ilustração mais generalista ao mais sutil aspecto, assim vivemos. Veja o exemplo abaixo.

No último dia 18 de abril estive no velório do artista plástico J. Murilo, uma das figuras mais expressivas da cultura conquistense, reconhecido por sua obra e também pelo seu bom humor e generosidade. Certo de que viveu como um ser humano feliz deixou amigos e admiradores com a sensação de que findou seu ciclo terreno de forma digna. Ou, como diria Ariano Suassuna, na voz do seu personagem Chicó: cumpriu sua sentença; encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca do nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo, morre.

Murilo foi velado no foyer do Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima, das 16h às 22h, a pedido do próprio artista, que, já ciente do seu curto tempo entre nós, manifestou este desejo quando de sua última exposição naquele mesmo espaço, há dois meses. Queria ser homenageado onde sempre militou, na cultura. Nada mais justo.

Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima
Entre inúmeras conversas, saudosistas ou não, que invariavelmente cercam estes momentos, uma delas me chamou a atenção pelos mesmos motivos que aqui venho argumentando: por regra, norma, artigo, prolegômenos, lei, determinação, formalidade, mandamento e preceitos que regem a gestão dos centros culturais do estado, uma homenagem dessa natureza não poderia ocorrer. Consultando o texto da referida diretriz, é possível observar que ela trata textualmente da vedação de “utilização de espaços para eventos particulares”, no qual se incluem velórios. Na aplicabilidade crua da regra nada há o que contestar já que as normatizações são necessárias para qualquer gestão. O que é preciso entender, no entanto, é que o que se viu ali, naquela quinta-feira, extrapola o simples interesse particular.

Por entendimento da diretoria da casa, a realização deste ato de reconhecimento foi não apenas justificada, mas também o reflexo da manifestação de uma vontade coletiva legítima, da qual partilharam inúmeros agentes, artistas e indivíduos integrantes do setor cultural, presentes e não presentes no local. Entendo o porquê desta postura e até onde ela se estende. Sua contestação é calcada numa premissa ainda maior: a de que a cultura se faz por si mesma e não deve se limitar aos interstícios da letra fria. No tempo e razões certas é preciso que haja senso e bom senso no que se interpreta sobre ela, evitando que o institucional se sobreponha ao que ele deve representar: nós mesmos. Quando o texto que nos representa – esse domínio da linguagem, campo manipulável de poder - ocupa-se do que é função nossa, deixamos de ser a raiz das coisas. Desta forma, pergunto novamente: quando a forma se sobrepõe ao conteúdo, de quem é a voz? Minha não é.


quinta-feira, 11 de abril de 2013

Territórios aonde, cara pálida?


Por Marcelo Lopes

Um dos maiores problemas na qualidade de vida do brasileiro, gerador de uma crise profunda na realidade social em que vivemos é a concentração econômica. Uma questão que nasceu como resultado do longo processo histórico que ainda hoje nos define. Moldada numa lógica torta desde a colonização, iniciada aqui quando da repartição de todo o território com as Capitanias Hereditárias, quer eram no final das contas imensas faixas de terra nas mãos de pouquíssimos donos. Eram cedidas pela Coroa Portuguesa por meio da doação de lotes de terra com a tarefa de colonização e exploração destas áreas a particulares. Foram nossos primeiros latifúndios.

Dados antigos com realidade atual
De lá para cá, tudo foi feito para que a detenção do poder da terra, da economia, da política e do conhecimento (essa ferramenta libertadora) se mantivesse circunscrita a um número reduzidíssimo de pessoas e lugares. Ainda hoje, no país, seus efeitos são extensos. Não se manifestam apenas na dicotomia socioeconômica entre o Norte/Nordeste e o Sul/Sudeste, distanciados pela diferença na concentração de recursos, mas expressos em toda uma gama de práticas incorporadas colateralmente, como o bairrismo, o preconceito e a dinâmica social, flutuando em camadas mais sutis (às vezes nem tão sutis assim), podando, sobretudo, oportunidades de desenvolvimento humano mais equilibradas geograficamente dentro do país. Também em decorrência deste contexto, por muito tempo se ouve falar do desequilíbrio econômico provocado pela alta concentração de recursos e investimentos na metade sul do Brasil, especialmente no eixo Rio/São-Paulo. São críticas feitas dentro e fora de regiões menos favorecidas, num debate longo e lento, sem muitas transformações efetivamente consideráveis.

Num âmbito mais próximo da nossa realidade estadual, estes mesmos debates fazem parte da pauta do que vem se discutindo na Bahia em termos de políticas públicas. Há alguns anos, seguindo diretrizes pontuadas pelo governo federal, o estado, já na gestão Wagner, adotou em sua estrutura os chamados de Territórios de Identidade. Segundo o site oficial do Governo da Bahia, o objetivo é “identificar prioridades temáticas definidas a partir da realidade local, possibilitando o desenvolvimento equilibrado e sustentável entre as regiões”, reconhecendo “a existência de 27 Territórios de Identidade, constituídos a partir da especificidade de cada região”. Sob essa perspectiva são também pensadas as políticas locais para a cultura.

Ou pelo menos era assim, a princípio.

Simbologia: no site da Secult a fita do Senhor do Bonfim ilustra a cultura
de Salvador como se a foto contemplasse todo o estado. Será?
Na prática, funcionava desta forma: o direcionamento dos recursos para a realização de iniciativas culturais era aberto ao acesso público via editais, direcionados a cada Território na busca do atendimento as suas especificidades. Em não se habilitando projetos em número satisfatório, os demais recursos eram redistribuídos proporcionalmente para os demais territórios. Essa lógica visava oportunizar aos 417 municípios do estado o acesso a recursos para suas mais diversas e legítimas manifestações, por mérito natural, tendo por critério de aprovação - na disputa entre seus pares - a adequação da proposta à linguagem de um projeto que comprovasse por A + B a justeza da sua manifestação. Como disse, pelo menos era assim.

Nos últimos dois editais lançados pela SecultBa, fica cada vez mais patente que a atual gestão da secretaria não acredita que a concentração de recursos numa só região seja de fato um problema. Por isso pergunto: será que, por uma visão muito “moderna” de gestão, se acredite mesmo que um processo equivalente ao de colonização do interior seja a salvação, a partir do qual o beneficiamento de uma metrópole irradie cultura por pelos poros para todo o território? Se não é, parece.

Ironias à parte, esta concentração é um fato. A política dos Territórios deixou de ser uma referência para se tornar apenas uma nomenclatura na tabela: os editais, desde 2012, desconsideram as especificidades de cada região e abrem indistintamente para todo o estado o acesso aos recursos para a cultura, com o digníssimo termo “democrático”, pontuado nos relatórios do órgão quando da divulgação dos resultados. Efetivamente, retonarmos à concentração desproporcional de projetos aprovados na região metropolitana de Salvador em detrimento à total desconsideração ao resto do estado. Somente no setor audiovisual foram 84% (DOE, Março/2013) no território da capital. Isso não é prova de competência, apenas de protecionismo.

Em argumento institucional contrário, é comum se ouvir que os territórios não dão conta de inscrever projetos para as demandas abertas e que por isso foi preciso repensar a lógica dos editais. Ora, para grupos e artistas do interior o que se chama de “lógica dos editais” ainda é uma espécie de bicho de sete cabeças, e mesmo que não o seja, subtende um domínio de linguagem técnica muito complexa, que pouco se encaixa na realidade de muitos artistas no interior, mais afeitos à dinâmica local de sua própria arte. Reargumenta-se então que o estado oferece cursos de capacitação para tanto e que ainda assim os resultados são ínfimos. Neste caso, afirmo categoricamente: os editais são uma realidade recente, que não chegou sequer a maturar-se Brasil afora, e são pouquíssimos os que dominam sua linguagem. Cada órgão concedente desenvolve seu próprio modelo para edital e formulários, sempre com diretrizes diversas dos demais, exigências legais, documentos, procedimentos, critérios, certidões, habilitações e referências legais as quais mal temos tempo de nos adaptar.

Dois ou três cursos de capacitação não mudam a realidade de décadas de práticas na cultura brasileira. Se o modelo não dá conta, avance e refaça-o, não há desculpa para o retrocesso. Se a política de territórios é muitíssimo mais recente, como esperar que produtores, artistas e demais agentes da cultura, afeitos organicamente na feitura de suas artes - muitos ainda em vias de formalização profissional - detenham em tão pouco tempo o domínio técnico para provarem que são de fato artistas? Que recursos materiais e consultivos têm disponíveis para tanto? E, quando os conseguem, por quanto tempo os tem em mãos? A secretaria acredita mesmo que a dinâmica competitiva do mercado da região metropolitana é a mesma no interior do estado?

E por isso, de fato, não há competição. Há ainda dificuldades complementares: quando o próprio MinC exige dos proponentes comprovação de apenas um ano de exercício na área que se pleiteia, levando em conta até menos tempo, a depender do histórico da equipe encarregada, a SecutBa exige três de comprovação formal. Como pensar, por exemplo, a realidade da produção audiovisual nesses termos no interior em comparação com a capital do estado?

Temos aqui, em escala regional, a mesma lógica da concentração que separa Norte e Sul brasileiros. Entre o final de março e primeira quinzena de abril de 2013, é possível consultar os resultados dos últimos editais no Diário Oficial do Estado. Na coluna “território de identidade” – esta mesma que deveria parametrar os tais dados democráticos – é possível elencar a origem dos projetos aprovados. A partir daí, tirem suas próprias conclusões.

E se chegarem a conclusões similares, passem adiante, reivindiquem, compartilhem nos e-mails de amigos e dos nossos representantes do executivo e legislativo as suas opiniões. Façam-se ouvirem... porque mesmo aqui, na colônia, nossa cultura se impõe.