quinta-feira, 4 de julho de 2013

I Mostra Conquistense de Musica instrumental Popular

Release do Evento

A I Mostra Conquistense de Musica instrumental Popular pretende promover um intercambio cultural e conhecimento em vitória da Conquista e região com discussões sobre: “Políticas Públicas de Musica Instrumental Popular em Vitória da Conquista”,“A Música Instrumental que queremos”, “Musica Instrumental Brasileira Contemporânea”.
O Evento contará com os seguintes Espetáculos Musicais (Entrada - 1Kg de alimento):

Dia 04/07
Luciano PP - 19:00h
Gafieira Brasil - 20:00h
Gilberto Leal - 21:00h
A Contrabanda - 22:00h

Dia 05/07
Mesa redonda: "A música instrumental popular em Vitória da Conquista" - 17:00h
Partindo pro Alto - 19:00h
Hendrix Armorial - 20:00h
Tymbrá Trio - 21:00h



Também serão oferecidas as seguintes OFICINAS
(Inscrição - R$ 15,00 por oficina*):

Tocando Baixo - Luciano PP (Dia 04/07 - 09:00 às 10:00)
O Jazz e a Guitarra Brasileira - Tarcísio Santos (Dia 04/07 - 10:00 às 12:00)
O Trompete e o Trompetista - Daniel Novaes (Dia 04/07 - 14:00 às 15:00)
Mixando o que Gravei - Arthur Fabiano (Dia 04/07 - 15:00 às 17:00)
A Bateria Contemporânea - Yuri Lima (PA) (Dia 05/07 - 09:00 às 11:00)
Prática de Bateria Instrumental - Uirá Nogueira (Dia 05/07 - 11:00 às 13:00)
Prática de Conjunto - Tymbrá Trio (Dia 05/07 - 14:00 às 16:00)

Garanta sua vaga nas oficinas através deste Link 
(*Descontos para quem pretender mais de uma oficina):

Contatos: 
(77) 8816-2151 - Tereza Raquel
(77) 9109-9578 - Tarcísio Santos

terça-feira, 2 de julho de 2013

Nova data de lançamento

Nota:

Devido a programação da atividade “Encontro com o Secretário (de Cultura do Estado da Bahia)” em Vitória da Conquista, marcada para dia e horários similares (03/07 - 20h) à atividade de lançamento (presencial para imprensa e parceiros) e virtual no novo domínio, o lançamento dos sites do documentário “Contra o Veneno Peçonhento do Cão Danado e o do Sintoma de Cultura foram transferidos para dia 10 de Julho.

Conto com vocês! Até lá!


sexta-feira, 21 de junho de 2013

Sites integrados sobre cultura

Por Marcelo Lopes


 
O documentário “Contra o Veneno Peçonhento do Cão Danadoé a primeira produção do projeto Memórias da Cultura Popular, realizado pelo Instituto Manacaru de Inclusão Sociocultural e parceiros como a produtora TV Local, a Catrupia Produções, a Cia Operakata de Teatro e a Ong Carreiro de Tropa – Catrop. O projeto tem por finalidade a reflexão e o registro de saberes populares, calcados nos mais diversos temas da história cotidiana. Na produção do documentário tratará de registrar os causos populares em torno de pessoas – historicamente anônimas ou conhecidas – que, segundo a crença popular, têm seu corpo fechado ao ataque de armas de fogo, arma branca e outros “poderes” de resguardo físico. Alinhavando narrativas de guerra e violência, disputas de poder político e mitos populares, o curta pretende dar conta principalmente de um universo histórico e mágico que vem se perdendo na contraposição do campo com a urbanização dos nossos dias.

Realizado pela produtora TV Local, em co-produção com o Instituto Mandacaru e o portal Sintoma de Cultura, o documentário “Contra o Veneno Peçonhento do Cão Danado” é uma proposta aprovada no Edital Setorial de Audiovisual 12/2012, do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura, Secretaria da Fazenda e Fundo de Cultura da Bahia – FCBA.

No dia 03 de Julho (quarta-feira), às 19h, na sede da Rede de Atenção da Criança e do Adolescente / PMVC (na praça Tancredo Neves) a equipe responsável pela realização do documentário lançará o site oficial do curta-metragem para a imprensa e parceiros. Na oportunidade serão apresentadas as propostas conjuntas do novo formato do site Sintoma de Cultura e a inauguração do espaço virtual documentário, onde serão disponibilizadas diversas informações sobre o tema da cultura popular e do patrimônio imaterial, com textos, fotos e depoimentos, além do diário de produção do curta.

Sobre o Sintoma de Cultura

Em Maio de 2013 o blog Sintoma de Cultura fez seu primeiro ano. Uma experiência bastante interessante: disponibilização da produção de textos (novos e antigos) sobre cultura, postados com certa regularidade, tratando de temas diversos, sendo compartilhados, discutidos, criticados e, sobretudo, utilizados como forma de estímulo à reflexão sobre temas caros ao nosso dia-a-dia. Mesmo não premeditado, o projeto – mais instintivo que planejado – tomou uma repercussão curiosa, apontou caminhos que não estavam na pauta e o resultado de tudo isto hoje está quase parido: a partir do dia 03 Julho de 2013 o Sintoma passa a atuar como portal de cultura.

A ideia central é a produção coletiva de conteúdos com espaço partilhado para relatos experiências culturais diversas, artigos, criações audiovisuais, fotografia, música, artes plásticas e todo um universo de criação artística e simbólica que permita pensar a cultura de forma mais ampla. Assim, iniciativas oriundas de qualquer parte do país podem contribuir com ideias e experiências. O espaço do blog será mantido no novo domínio, mas haverá ainda outros desdobramentos, como a própria atividade do projeto Memórias da Cultura Popular e a produção do documentário “Contra o Veneno Peçonhento do Cão Danado”.

A proposta do projeto segue existindo ancorada na ideia fundamental do compartilhamento de ideias, anúncios comerciais e/ou nenhuma outra vinculação que comprometa sua essência. O endereço do Sintoma no Blogspot será mantido apenas como arquivo para que seus links originais ainda continuem sendo acessados, mas praticamente todas as suas postagens serão transferidas para o novo domínio, facilitando comentários, interatividades e compartilhamentos.

Espero que gostem, acessem, leiam, compartilhem e contribuam.

Até lá...

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Central do Brasil visto de perto

Por Marcelo Lopes

O filme “O Tropeiro”(1961), o vínculo natal do cineasta Glauber Rocha (1939-1981) e a passagem da equipe de filmagens de “Central do Brasil”(1998) são exemplos, em tempos e perspectivas diferentes, de registros fundamentais da relação estreita que Vitória da Conquista alinhavou com a sétima arte. Futucando minhas coisas em casa, resgatei um material importante desta história. Registros que acompanhei passo-a-passo, de perto, e que, num tributo merecido, deixo aqui postado como parte da memória recente da cidade e daqueles, que como eu, respiram cinema.

Walter Salles
Em 1996, o então recém-eleito prefeito de Vitória da Conquista, Guilherme Menezes, havia sido contatado pela equipe de um longa-metragem que circulava o país para conseguir apoio logístico para suas filmagens. Tendo como referência o trabalho já reconhecido da ProVídeo/Programa Janela Indiscreta Uesb na área da formação de público para o cinema, o gestor triangulou os contatos para a viabilização desta possibilidade. O filme apontava nomes conhecidos no elenco e era encabeçado por um então jovem cineasta vindo do campo da publicidade e do documentário: Walter Salles (o Jr. sairia da assinatura pouco tempo depois).

Terra Estrangeira no Madrigal: ao centro o ator Matheus Nachtergaele
Em um curto período chegaram o roteiro, números de telefone e toda uma rede de articulações se mobilizou. Num lapso de segundo, parecia que tudo estava pronto, por maior que fosse a trabalheira real em torno disto. Com a parceira de instituições públicas e privadas locais, a equipe se acampou com dezenas de pessoas, equipamentos e toda sua parafernália cinematográfica no bairro Vila Serrana II para sete dias de filmagens. Na contrapartida do apoio, a equipe levou para dentro do filme atores e técnicos locais, deu acesso a parceiros e participou de eventos relacionados ao cinema, como a exibição do filme Terra Estrangeira, do diretor Walter Sales, que o comentou a um assombroso público de mais de mil espectadores no Cine Madrigal.

Cena de Central do Brasil na Vila Serrana, em Conquista
Foram dias interessantes. O então não tão famoso ator Matheus Nachtergaele, descia do apartamento do hotel Livramento e passava os finais da tarde sentado à mesa de um barzinho de esquina na Praça do Gil, sem que ninguém o notasse. Um bate papo agendado num sábado à tarde com os diretores Walter Salles e Walter Carvalho  (responsável pela fotografia do filme) se tornou uma deliciosa aula de mais de quatro horas sobre cinema numa salinha na Uesb para um grupo de não mais que doze pessoas (e eu no meio!!). E talvez a mais instigante aprendizagem era poder respirar o ar daqueles dias nos espaços dos sets de filmagens. Entendam: cinema no Brasil neste período era meio que um bicho-de-sete-cabeças (um trocadilho proposital). Primeiro, porque fazê-los não era algo assim tão fácil depois que Fernando Collor praticamente havia esfacelado os mecanismos que estruturavam o cinema no Brasil; segundo, o contato direto com este universo quase mitológico do cinema não era tão acessível, e em meio a tudo isso, não se tratava apenas de presenciar qualquer filme: era um longa-metragem, com profissionais com um know-how acima da média, com atores de ponta e um investimento considerável. Isto pode parecer óbvio hoje em se tratando de Central do Brasil, mas à época, ainda não havia todo o frisson em torno do que ele viria a se tornar, como um marco na cinematografia brasileira, uma narrativa sensível, uma produção respeitada, que levaria o Leão de Ouro em Cannes e indicações ao Oscar. Naqueles dias de 1997, a festa ainda era só dos conquistenses.

Jorge Melquisedeque entrevista Fernanda Montenegro
Por atuar na logística local, tínhamos acesso irrestrito às filmagens: assistíamos às gravações no final da tarde (que no filme aparecem como o amanhecer quando a personagem Dora vai embora), víamos os ensaios meticulosos de Matheus, buscando se alimentar do sotaque e do palavreado local; Vinícius de Oliveira e Caio Junqueira jogando bola nos intervalos. Podíamos assistir in loco a atuação de “Dona” Fernanda, como todos respeitosamente a chamavam, e neste momento era perceptível como certas pessoas têm, de fato, uma aura visível de dignidade, para além de qualquer notoriedade. Conversávamos com membros da equipe que despontariam tempos depois no cinema brasileiro, a exemplo de Kátia Lund, co-diretora de Cidade de Deus. Há cenas, costumo dizer, que se a câmera pudesse magicamente sair do enquadramento e se deslocar para o lado por um momento, estaríamos nós ali sentados, vendo e vivendo tudo aquilo.

Fotos: Arnaldo Ribeiro
São muitas as histórias desta experiência e aqui relato apenas algumas das diversas impressões pessoais que tive. A ProVídeo registrou momentos muito particulares destes acontecimentos: bastidores, depoimentos da equipe, dos atores e do diretor Walter Sales, guardando recortes únicos de um dos filmes mais emblemáticos do que veio a ser conhecido como Cinema da Retomada. O projeto do documentário, cuidadosamente pensado pelo produtor cultural Jorge Melquisedeque, acabou não sendo produzido por ele - que faleceria em 2001. Este rico material bruto, que já amargava bons anos nas prateleiras, foram resgatados em 2002 e editados com o roteiro que escrevi (baseado nas crônicas de Jorge sobre o período) e direção de Esmon Primo para a programação de homenagem aos 10 anos do Programa Janela Indiscreta Cine Vídeo Uesb.

Foto: Edna Nolasco
O curta intitulado "Central Conquista Brasil: os 7 dias da criação" é quase inédito por razões adversas. Infelizmente, o original (master) do vídeo-documentário se danificou na Uesb durante sua finalização. Apenas uma cópia em VHS foi resgatada e segue aqui publicada. Todas as fitas em Super-VHS do material bruto, no entanto, ainda fazem parte do acervo e devem - sem data definida - usadas na reedição do material. Pelo válido registro desta história espero que gostem, conheçam e rememorem.




sexta-feira, 7 de junho de 2013

Documentários Fake, mas nem tanto

Por Marcelo Lopes

Há uns três anos, fui surpreendido ao chegar à casa de uma amiga e encontrá-la, junto com outros conhecidos dela, todos de cabelo em pé. Eles acabavam de assistir a uma história pavorosa registrada por um casal em sua residência, um material “documental” que havia acabado de chegar às locadoras. Motivo do pavor: muitos deles realmente acreditaram que as assombrações contidas no filme “Atividade Paranormal” eram reais.

O fenômeno não é novo. Ainda no início de 1980, um dos exemplos mais conhecidos deste tipo de narrativa fake foi o filme “Canibal Holocausto”, do italiano Ruggero Deodato, com roteiro de Gianfranco Clerici . Filmado na Amazônia, narra a história de um grupo de pesquisadores que pretendiam fazer um documentário sobre tribos indígenas, mas que acabaram mortos, restando deles apenas as fitas do registro de viagem. O gênero, que ficou conhecido como Monkumentary  (mock: falso + documentary: documentário) também teve seus momentos de fenômeno na década de 1990 com “A Bruxa de Blair”, filmagem “verídica” de três estudantes que desapareceram em uma floresta enquanto investigavam a lenda urbana de uma bruxa; um dos filmes mais lucrativos da recente cinematografia mundial, com um investimento de 100 mil dólares e uma arrecadação de 250 milhões.

Mas nem tudo é terror. Uma das produções mais interessantes que descobri nos últimos tempos trata, de forma irônica e inteligente, da nossa querida realidade brasileira.  O documentário de curta-metragem "MPB: A história que o Brasil não conhece", que circula na internet desde abril, é baseado no livro "Firework Operation", de Neil Jackman, e revela um plano conspiratório do governo americano e totalmente desconhecido por boa parte dos brasileiros: a destruição da música brasileira. O curta conta como o compositor Michael Sullivan, ao lado de Paulo Massadas, autores de tantas versões americanas para trilhas de novelas e grupos musicais infantis, eram, na verdade, agentes infiltrados pelos Estados Unidos no país, com  o objetivo de subverter a música popular no Brasil.  Ao lado deles também estariam outros como Oswaldo Montenegro, em Brasília, Humberto Gessinger, no Rio Grande do Sul, e Compadre Washington, na Bahia. A história inventada – do filme e do livro – deu tão certo que artistas como Margareth Menezes pediram para dar depoimento sobre sua visão da conspiração após assistir ao curta, querendo inclusive ler o texto original de Neil Jackman. Resultado: a proposta começa a virar série, em canal próprio no Youtube, já com um segundo capítulo disponível.

O mais interessante - fora a óbvia anedota - é que a pauta sobre o emburrecimento da música brasileira é mais do que verídica. Se antes, temas da cultura popular voltadas para o desenvolvimento musical geravam uma diversidade artística que iam da Bossa Nova e o Samba até o Rock e um pop mais atento a letras e melodias, me parece que a única pauta possível hoje em dia é a festa: tudo o que der em festa dá música. E por isso, letra e melodia não importam muito. Do que chamam de Agromúsica ao estilos sacolejantes do funk e arrocha, aos subgêneros mais surreais como Melody Cyber Carimbó Universtário (existe mesmo, pode procurar), tudo é passível de ser pior. 

Como dinheiro é sim uma coisa que mexe com a cabeça das pessoas – juro – estou aqui pensando em montar um cursinho pré-vestibular para garantir a vaga de novos sertanejos, arrocheiros e demais pretendentes ao gênero universitário. Se não se pode vencê-los.... 

Ironias à parte, confiram mais este monkumentary. Vale o clique.





sexta-feira, 31 de maio de 2013

Projeto do Grupo Galpinho forma novas plateias


Release do Evento

Foto: Rayza Lélis
O Grupo Galpinho de Teatro vem desenvolvendo um trabalho fundamental de formação de novos públicos na região sudoeste da Bahia. Apresentando o espetáculo “... E se eu fosse?” por meio do projeto Tem Que Iniciar, contemplado pelo Programa do Banco do Nordeste de Cultura, o grupo vem circulando pelo interior baiano a fim de partilhar seu processo criativo, popularizar o acesso às artes cênicas, contribuir para a formação de público para o teatro e estimular a produção artística.

O projeto, que vem sendo realizado em quatro cidades baianas - Vitória da Conquista, Ibirataia, Poções e Planalto, é composto por três ações: Oficina de Iniciação Teatral, apresentação do espetáculo e bate-papo. A experiência nestas as cidades promove o estímulo à arte cênica em espaços que muitas vezes nunca tiveram a possibilidade de vivenciar apresentações do gênero.


Sobre o conceito do espetáculo

ACREDITANCIAS

Foto: Rayza Lélis
...E se eu fosse outro? ... E se eu ficasse? ... E se eu partisse? ... E se o mundo parasse pra eu pensar? ... E se não parasse? ... E se eu não tivesse medo do medo?

“...E se eu fosse?” é um espetáculo que trata o momento de pré-decisão de uma família questionando o seu lugar no mundo e o seu destino. A mãe, mulher da lida e do trabalho cuja ação constrói e dá materialidade às coisas, é tomada por um desejo irrefutável de ver as nuvens grisalhas de outros céus e experimentar outros caminhos e outras vivências. Ela tenta convencer o marido e os dois filhos a se aventurarem para além do lugar conhecido.


O espetáculo trata de questões agudas como farpas, mas com lirismo e leveza ao invés da secura, violência e dor. Apropria-se de um mote regionalista para tratar de questões universais, abordando poeticamente uma questão inerente à existência humana: a dúvida entre partir ou ficar. Aqui, a retirança não é fuga da morte, e sim sede de vida e de inteireza.

Na sua etapa final desta primeira edição as próximas apresentações acontecerão nos seguintes espaços:

Dia 31/05
Escola Erasthostenes Meneses (Distrito de Iguá) - 17h
Dia 01/06
Centro de Referência em Assistência Social (Bairro Vila América) - 16h



Direção e Produção: Izis Mueller
Atores: Daniela Lisboa, Iara Barbosa, Eduardo Oliveira
Figurino: Shirley Ferreira
Cenografia: Izis Mueller
Trilha Sonora Autoral: Eduardo Oliveira
Texto: Juliana Leite
Fotografia, Iluminação e Design Gráfico: Rayza Lélis