quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Petição Pública em favor do CCBNB

Por Marcelo Lopes

As novelas que acompanho têm repercussões diferentes e resultados muito mais complexos que os dramas da casa do Tufão – que devemos também citar, acompanhando o raciocínio emblemático e funesto da nossa querida ministra da Cultura, Marta Suplicy.
Fachada do CCBNB a ser construído em Conquista
A novela do Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil (CCBNB) ainda não teve um fim, mas quanto mais prolongado o tempo de resolução maior a possibilidade de que o projeto de implantação em Vitória da Conquista não se concretize. Por quaisquer outros motivos verdadeiramente justos, seria de um pesar absoluto pensar que estaríamos privados de um benefício deste porte, mas infelizmente este não é o caso. O fato é que todos os argumentos destacados pelos opositores da proposta começam e terminam na questão do posicionamento político-partidário e não levam em conta o interesse direto da população.
Vejam abaixo os principais pontos levantados:
Primeiro argumento: o Banco do Nordeste é uma empresa privada e não deve ganhar de um órgão da administração pública um espaço que é do povo.
ESCLARECIMENTO: o BNB é uma entidade de controle estatal (como também é a Petrobrás) que atua sob o CNPJ nº 07.237.373/0001-20. Estas informações são públicas e notórias, assim como todas as ações propostas onde atuam os CCBNB’s no país
Segundo argumento: a Praça Sá Barreto é um espaço histórico e, portanto, não pode ser “maculado”.
ESCLARECIMENTO: a Praça Sá Barreto é um espaço público e histórico que deve ser não apenas preservado como também otimizado. As principais edificações históricas que referenciam a praça não estão realmente no centro da praça e são o Museu Padre Palmeira, o Diocesano e o Clube Social. Nenhum deles vai sair do lugar, pelo contrário, o fluxo do local possibilitará outro tipo de dinâmica para as atividades da cada um destes locais. O espaço onde ocupará CCBNB será em frente ao Diocesano e é a parcela menor da área. Todo o restante da praça – pelo projeto arquitetônico aprovado pelo banco – será “adotado”, como instalação de espaços públicos de lazer e preservação do meio ambiente. Sem privatização, grades ou coisas do gênero.
Terceiro argumento: Exitem bairros periféricos de Vitória da Conquista que poderiam receber este empreendimento e não é aceitável que se utilize um espaço tão próximo do centro da cidade.
ESCLARECIMENTO: o local escolhido, além de estar estrategicamente localizado ao lado e muito próximo dos bairros Petrópolis, Pedrinhas, Alto Maron e Guarani (todos bairros populares), o projeto do CCBNB ainda se incorporará num circuito de locais de entretenimento, lazer e cultura gratuitos que incluem a Casa da Cultura, o Memorial Regis Pacheco e o projeto do espaço de lazer e meio ambiente em finalização no Parque do Poço Escuro.

Portanto, deixando de lado quem menos importa – e quem menos se importa – estamos nos mobilizando para deixar claro à presidência do Banco do Nordeste do Brasil em Fortaleza, que a presença do Centro Cultural em Vitória da Conquista é um desejo não apenas dos artistas e produtores culturais, mas uma vontade de todos os que se importam com acesso a cultura.
O Instituto Mandacaru iniciou neste dia 10 de outubro uma petição pública onde solicita ao Banco do Nordeste do Brasil a retomada das ações de implantação do CCBNB em Vitória da Conquista. O abaixo-assinado tem por objetivo sensibilizar a direção da entidade quanto ao reconhecimento do município da importância do Centro para toda a região.

Assinem a petição e compartilhem.

A cultura agradece.

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