Por Marcelo Lopes
As
novelas que acompanho têm repercussões diferentes e resultados muito mais complexos
que os dramas da casa do Tufão – que devemos também citar, acompanhando o
raciocínio emblemático e funesto da nossa querida ministra da Cultura, Marta
Suplicy.
Fachada do CCBNB a ser construído em Conquista |
A
novela do Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil (CCBNB) ainda não teve
um fim, mas quanto mais prolongado o tempo de resolução maior a possibilidade
de que o projeto de implantação em Vitória da Conquista não se concretize. Por
quaisquer outros motivos verdadeiramente justos, seria de um pesar absoluto
pensar que estaríamos privados de um benefício deste porte, mas infelizmente este
não é o caso. O fato é que todos os argumentos destacados pelos opositores da
proposta começam e terminam na questão do posicionamento político-partidário e
não levam em conta o interesse direto da população.
Vejam
abaixo os principais pontos levantados:
Primeiro
argumento:
o Banco do Nordeste é uma empresa privada e não deve ganhar de um órgão da administração
pública um espaço que é do povo.
ESCLARECIMENTO: o BNB é uma
entidade de controle estatal (como também é a Petrobrás) que atua sob o CNPJ nº
07.237.373/0001-20. Estas informações são públicas
e notórias, assim como todas as ações propostas onde atuam os CCBNB’s no país
Segundo
argumento:
a Praça Sá Barreto é um espaço histórico e, portanto, não pode ser “maculado”.
ESCLARECIMENTO: a Praça Sá
Barreto é um espaço público e histórico que deve ser não apenas preservado como
também otimizado. As principais edificações históricas que referenciam a praça não
estão realmente no centro da praça e são o Museu Padre Palmeira, o Diocesano e
o Clube Social. Nenhum deles vai sair do lugar, pelo contrário, o fluxo do
local possibilitará outro tipo de dinâmica para as atividades da cada um destes
locais. O espaço onde ocupará CCBNB será em frente ao Diocesano e é a parcela
menor da área. Todo o restante da praça – pelo projeto arquitetônico aprovado
pelo banco – será “adotado”, como instalação de espaços públicos de lazer e
preservação do meio ambiente. Sem privatização, grades ou coisas do gênero.
Terceiro
argumento:
Exitem bairros periféricos de Vitória da Conquista que poderiam receber este
empreendimento e não é aceitável que se utilize um espaço tão próximo do centro
da cidade.
ESCLARECIMENTO:
o
local escolhido, além de estar estrategicamente localizado ao lado e muito
próximo dos bairros Petrópolis, Pedrinhas, Alto Maron e Guarani (todos bairros
populares), o projeto do CCBNB ainda se incorporará num circuito de locais de
entretenimento, lazer e cultura gratuitos que incluem a Casa da Cultura, o
Memorial Regis Pacheco e o projeto do espaço de lazer e meio ambiente em
finalização no Parque do Poço Escuro.
Portanto,
deixando de lado quem menos importa – e quem menos se importa – estamos nos
mobilizando para deixar claro à presidência do Banco do Nordeste do Brasil em
Fortaleza, que a presença do Centro Cultural em Vitória da Conquista é um
desejo não apenas dos artistas e produtores culturais, mas uma vontade de todos
os que se importam com acesso a cultura.
O
Instituto Mandacaru iniciou neste dia 10 de outubro uma petição pública onde
solicita ao Banco do Nordeste do Brasil a retomada das ações de implantação do
CCBNB em Vitória da Conquista. O abaixo-assinado tem por objetivo sensibilizar a
direção da entidade quanto ao reconhecimento do município da importância do
Centro para toda a região.
Assinem
a petição e compartilhem.
A
cultura agradece.
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