Por Laís Vinhas
Cinéfilos de Vitória da Conquista e região, fiquem ligados, pois saiu a programação de filmes longas e curtas metragens, além das oficinas e conferências da Mostra Cinema Conquista – Ano 7, que acontece em nossa cidade entre os dias 8 e 12 de novembro.
Com a proposta de ampliar a democratização do acesso e da diversidade da produção cinematográfica, a Mostra conta com uma programação diversificada: cerca de 50 filmes brasileiros, entre longas, médias e curtas-metragens da produção atual, produzidos de norte a sul do país, e também atividades de formação de público.
Saiba mais sobre a programação:
Filmes
Todos os filmes serão exibidos no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima. A programação acontece durante a tarde e a noite. À tarde começa às 14h, e à noite, às 19h30.
Os filmes de abertura são o longa “Jardim das folhas sagradas”, de Póla Ribeiro e o curta “A morte das velas do Recôncavo”, de Guido Araújo, que é o homenageado da Mostra neste ano.
No total, são 13 longas-metragens nacionais: “Léo e Bia”, “Vips”, Eu e meu guarda chuva”, “As melhores coisas do mundo”, “O homem que não dormia”, “Um lugar ao sol”, “Elvis e Madona”, “Terra deu, Terra come”, “Transeunte”, “Na quadrada das águas perdidas”, “Estamos juntos”, “Riscados”, “Jardim das folhas sagradas”.
E não para por aí: você também vai poder assistir a 25 curtas-metragens produzidos pelo país que serão exibidos em horários alternados, durante todo o dia: 16h, 19h e 20h; sem contar com os 12 curtas baianos – sempre às 14h.
Conferências, oficinas, homenagem e exposição
Acontecerão também, no Teatro Glauber Rocha, na Uesb, as conferências e palestras, abertas a quem quiser assistir, sempre pela manhã, a partir das 9h.
As oficinas de Direção em Cinema (ministrada por Rodrigo Grota), A Pedagogia do Cinema e o Espectador como Sujeito (Rosália Duarte), e Direção de Arte para Cinema (Moacyr Gramacho), acontecerão também na Uesb.
No foyer do Centro de Cultura acontecerá uma exposição com a trajetória do homenageado da Mostra, o cineasta e professor Guido Araújo.
Fonte: http://www.vitoriadaconquista.com.br/2011/10/28/confira-a-programacao-de-filmes-da-mostra-cinema-conquista-ano-7/







É nesse ponto, mais do que todos, que o filme se revela profundamente teatral, para além de sua origem ser uma peça (e sua diretora e atores figuras importantes da cena teatral carioca). Pois não importa que, em termos de linguagem, haja um esforço considerável para dar dinamismo ao que se vê, como se justamente nisso se buscasse fugir de possíveis engessamentos desta matriz teatral – usando, inclusive e sintomaticamente, verdadeiras autoridades de uma “linguagem cinematográfica brasileira atual” (nomes como Walter Carvalho na fotografia ou Sérgio Mekler na edição - e, de fato, o primeiro e seus câmeras encontram soluções de iluminação e quadro bastante bonitos, assim como o segundo consegue impor à dinâmica interna das cenas um ritmo e uma lógica bastante interessantes). Afirmamos que não importa porque o que há de teatral no filme antecede e se sobrepõe a qualquer linguagem: é o seu projeto, que perde um tanto do sentido quando não é mais algo que acontece a cada noite num palco, como no teatro, mas sim eternizado em apenas um estado (um “corte”, para sermos técnicos), como exige o cinema. Eternizar este um corte significará, sempre, que o cinema continua sendo, queira-se ou não, a arte do diretor: uma onde pode-se até colocar o ator como parte essencial da sua criação, para além da sua performance (afirmando, por exemplo, um trabalho coletivo de escritura de roteiro), mas ainda assim ele, o ator, não será o dono do poder sobre o discurso - como é no teatro.









