Por Marcelo Lopes
Arthur de Pins (Bretanha, 1977 – criado em Versalhes)
é um ilustrador francês, formado pela Escola Superior de Artes Decorativas de
Paris.
Tem um talento próprio para desenhar a nudez feminina, com formas
voluptuosas, de amplas curvas e muita sensualidade. Tem publicações que rodam
todo o mundo e atua também na publicidade. Muitos de seus personagens têm linhas
um pouco mais robustas que o padrão magricela da moda e que - sem perder o
charme nem a sedução - tornam irresistíveis os volumes generosos de seus
desenhos. Seus trabalhos alcançam o erotismo com muito bom humor em histórias
curtas de suas tiras de quadrinhos fantásticas. Brincando com temas do
cotidiano, com cenas pitorescas da sexualidade (e da diversidade sexual) Arthur
de Pins vem se destacando como um dos ilustradores mais criativos das últimas
décadas. Conhecido mundialmente por seus trabalhos em publicidade, pelas suas
histórias engraçadíssimas (Péchés Mignons) e outras áreas da ilustração o
desenhista é um bom exemplo de carisma, técnica e criatividade.
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Jean
Giraud
(França, 1938 / 2012) foi um artista francês de história em quadrinhos que
também colaborou na produção de diversos filmes.
Giraud é também conhecido
pelos pseudônimos de Moebius e
Gir. Ele começou a publicar suas primeiras tiras aos 18 anos, logo tornando-se
um dos ilustradores mais consagrados da Europa. Em geral, Giraud assinava como
Moebius em seus trabalhos de ficção científica e fantasia, que costumam ser
mais experimentais. Em 1963, Moebius aparece pela primeira vez na revista Hara
Kiri. Nela, foram publicadas 21 tiras em 1963 e 64, e então se passou quase uma
década até que o pseudônimo fosse utilizado novamente. Em 1974, ele formou os Humanoïdes Associés
junto com Jean-Pierre Dionnet, Philippe Druillet e Bernard Farkas. No mesmo ano,
lançaram a revista de fantasia e ficção científica Métal
Hurlant, que se tornaria muito influente. Já em seu primeiro volume, a capa
era de Moebius e Philippe Druillet, e havia as primeiras histórias de Arzach e Major Grubert. A maior parte de
seu trabalho na revista foi republicada depois.
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Paolo
Eleuteri Serpieri
(Veneza, Itália - 1944) é um escritor de histórias em quadrinhos e ilustrador italiano,
conhecido pelo alto nível de detalhes em seus trabalhos retratando as formas
humanas, particularmente imagens eróticas de mulheres.
É mais conhecido pelo
seu trabalho na série erótica de ficção científica Druuna. Serpieri
mudou-se para Roma quando jovem para estudar pintura e arquitetura na Fine
Art Academy em Roma com Renato
Guttuso e iniciou sua carreira como pintor em 1966, mas em 1975 ele
transferiu seu foco para os quadrinhos ao assumir um cargo na revista italiana Lanciostory.
Um grande fã do Velho Oeste americano, com o escritor Raffaele Ambrosio, Serpieri
foi co-autor de L'Histoire du Far-West ("A História do
Oeste"), uma série sobre a história do Velho Oeste que foi publicada nas
revistas Lancio Story e Skorpio. Alguns dos títulos foram L'Indiana
Bianca (The Índio Branco) and L'Uomo di Medicina (O Homem
da Medicina). A partir de 1980 Serpieri trabalhou em coleções como Découvrir
la Bible, assim como em pequenas histórias para revistas como como L'Eternauta,,
Il Fumetto e Orient-Express.
Sua
personagem, a sensualíssima e erótica Druuna, segundo o próprio autor, teve inspirações
para sua composição visual nas garotas das praias cariocas.
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Redução do nome original Maurilio Manara (Itália,
1945) Milo Manara
é um desenhista italiano mais conhecido pela vertente erótica da sua obra.
Os
quadrinhos de Manara geralmente giram em torno de mulheres elegantes, bonitas
expostas a cenários e enredos eróticos improváveis e fantásticos. O estilo de
Manara favorece linhas mas simples e limpas para e reservam traços mais
complexos para seus monstros ou outros elementos sobrenaturais. Em alguns de
seus livros mais famosos estão os contos "Il Gioco" (1983, em quatro
partes, de "Click!"),
sobre um dispositivo que deixava as mulheres incontrolavelmente excitadas, e
"Il Profumo dell'invisibile " (de 1986, em Butterscotch), sobre a
invenção de uma tinta que deixava seu portador invisível.Um dos seus trabalhos
mais aclamados foi justamente em colaboração com Hugo Pratt, The Ape,
para a Heavy Metal revista cult do início dos anos
1980, que reconta a história de Sun Wukong,
o deus-macaco da mitologia chinesa - com humor, arte sensual e uma série de
críticas políticas. Em Julho de 2006, Manara desenhou um capacete para Valentino
Rossi, feito especialmente para o Grande Prêmio da Itália, em Mugello. Marana também contribuiu em
muito trabalhos para o cinema de Federico Fellini, com story boards para seus filmes.
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Hugo
Eugenio Pratt
(Rímini, 1927 / Grandvaux, Suíça, 1995). Prat
foi um autor de banda desenhada, italiano, mas ficou mundialmente conhecido
como criador da personagem Corto
Maltese.
Corto, segundo seu criador, nasceu em La Valette, na ilha de
Malta em 1887, filho de um marinheiro da Royal Navy originário da Cornualha e
de uma cigana originária de Sevilha, e tem nacionalidade britânica. Reside
oficialmente em Antigua, nas Antilhas, apesar de a sua única residência
conhecida ser em Hong Kong. Em suas aventuras cheias de referências, várias
vezes Corto cruzou com personagens históricos reais como o escritor Jack London,
o fora-da-lei Butch Cassidy, o piloto alemão Barão Vermelho, e muitos outros. Inúmeras
vezes, o parceiro de viagens de Corto foi Rasputin, um sociopata russo.
Inspirado na história e nas paragens do Brasil, Pratt escreveu a história Sob
o Signo de Capricórnio, na qual Corto Maltese passa boa parte da aventura
na Bahia, onde encontra personagens fictícias como o cangaceiro
Tiro Certeiro, e figuras reais como Corisco de São
Jorge (também personagem do filme de Glauber
Rocha, "Deus e o Diabo na Terra do Sol").
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CREPAX
Guido
Crepax
(Milão, 1933 / 2003) foi um artista, ilustrador
e autor de histórias em quadrinhos italiano de traço inconfundível e poética
visual quase bruta.
Se tornou conhecido com as histórias de sua personagem Valentina, criada em 1965 e caracterizada
por uma série em quadrinhos que envolvem conteúdo extra-sensual e artístico,
sendo bastante representativa do espírito estético da década de 1960. Criada
para representar a nova mulher surgida naquela década 1960, Valentina reúne
erotismo, liberdade, inteligência, sonho e luxúria. Notabilizou-se também pela
linguagem sofisticada, "cinematográfica", de seus desenhos. É considerado
também um dos principais nomes dos quadrinhos europeus de temática adulta na
segunda metade do século XX.
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