terça-feira, 27 de dezembro de 2005

O inacreditável

Segundo Jorge Luis Borges, em O Aleph, para que o inacreditável possa ocupar lugar no real, é preciso que haja apenas um elemento sobrenatural a ser narrado em meio a tudo. Ele se entremearia no cotidiano, nas doses opulentas da vida comum, das nossas pré-noções, no senso comum e, ali, alojada na mais improvável existência, se faria visível ou sensível aos sentidos da história e aos olhos incrédulos dos personagens e leitores.

Mais logo, em Livro de Areia, uma ressalva: "(...) que o sobrenatural, se ocorre duas vezes, deixa de ser aterrador."


São coisinhas que eu vou acumulando no canto dos cadernos, nos papéis no bolso... por que ainda termino meu livro um dia desses.


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